domingo, 4 de outubro de 2009

Respeito ao Vale parte 2

http://www.folhadovale.com.br/principal.php?pag=coluna&cod=3466&bsc=1&tp=2

Se os leitores acessarem o site do Projeto Anitápolis( www.projetoanitapolis.com.br) perceberão que a Empresa IFC traz como impactos os seguintes:‘ Os principais impactos são de dois tipos: sobre o ambiente natural e sobre a comunidade. O ambiente natural vai ser modificado pela perda de parte da vegetação nativa existente no Vale do rio dos Pinheiros, porque o curso do rio será interceptado para a construção da barragem de rejeitos e pela alteração da paisagem que resulta das escavações da mina e das demais atividades. A circulação de animais terrestres entre os dois lados do Vale também será modificada pela presença da bacia de rejeitos, assim como a população de peixes do rio dos Pinheiros. As comunidades também serão afetadas: em São Paulo dos Pinheiros e Rio Branco haverá aumento do tráfego de caminhões e um possível surgimento de comércios voltados para serviços aos caminhoneiros; os bairros de São Miguel e Ferrovia, em Lages também sofrerão impactos semelhantes, mas em menor escala porque o fluxo de caminhões será menor e Lages é dotada de maior rede de serviços; a sede de Anitápolis terá um aumento de população e da demanda por serviços públicos de educação, saúde, saneamento e transportes; durante o período de construção, haverá, num certo momento, mais de mil trabalhadores no canteiro de obras e embora muitos devam ser contratados na região, uma parte deles deve vir de fora; quando a mina for desativada, depois de trinta e três anos de funcionamento, ou mais, Anitápolis deverá encontrar outras alternativas econômicas. “ Mas aqueles leitores(as) que se debruçarem sobre o EIA/RIMA, nas suas mil páginas, perceberão que os impactos ambientais decorrentes do empreendimento serão imediatos, irreversíveis como, por exemplo, devem ser citados sem maiores digressões: Ambientais: Interrupção do curso do Rio Pinheiros( 60,5% de comprometimento), Interrupção da circulação de peixes do Rio Pinheiros, Supressão de vegetação nativa( 278, 3 ha); aumento da taxa de erosão; perdas de habitats aquáticos; perdas de habitats terrestres naturais; perdas de espécimes da flora nativa; risco de contaminação do solo; deterioração do ambiente sonoro; deterioração da qualidade do ar; deterioração da qualidade das águas superficiais; redução de estoque dos recursos naturais; perda de fauna, emissão de poluentes, dentre outros. Já os sociais: aumento de acidentes rodoviários; redução da atividade econômica; redução da renda da população; redução do nível de emprego; redução dos serviços municipais (saúde, educação, assistência social); supressão de áreas de cultura e pastagens (81 ha); adensamento da ocupação da ao longo da rodovia SC 407, chegando à perda da qualidade de vida da população.Enfim, são inúmeros os impactos apontados pelo estudo que influirão, em sua maioria, negativamente na qualidade de vida da população e no meio ambiente.E qual o reflexo da falta de conhecimento? Diminuir a pressão social sobre o Poder Público, na medida em que os reais riscos e ambientais a que estão todos submetidos caso esse empreendimento se inicie não eram até conhecidos. E os riscos são muitos, e certamente o Vale do Braço do Norte, não está livre, basta pensar que o Rio dos Pinheiros, que nasce em Anitápolis e se junto ao rio Braço do Norte, vai seguindo seu caminho passando por vários municípios. Assim qualquer poluição neste corpo hídrico irá atingir municípios que estão a jusante do rio.Desta maneira, analisando esses riscos e a falta de divulgação é que temos dentro da nossa limitação buscado mobilizar a sociedade e fazer o papel de geradores/multiplicadores da informação. Mas isso não se faz sozinho, é necessária uma rede de relacionamento capaz de auxiliar essa empreitada, que é como o rio, cheio de percalços, dificuldades, mas que atingirá o seu fim que é permitir que a verdade não seja considerada absoluta, mas que sirva para iniciar o processo de discussão, na busca por mais conhecimento.Espera-se com esta iniciativa, pequena é verdade, que a informação se torne acessível, disponível à coletividade, para que esta com sua sabedoria, cobre dos órgãos públicos maior transparências em suas ações, e em especial sobre todos os riscos embutidos no PROJETO ANITÁPOLIS.Um abraço a todos e meu muito obrigado pela paciência.

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